Stairway to heaven – O ilegal
- monicafrancesco
- 25 de jul. de 2014
- 3 min de leitura
Muitas pessoas já tinham falado desse tal lugar: que precisava ir de madrugada, que era ilegal e perigoso, mas no fim nunca iam aqueles que tanto falavam, mas nós, que pouco pensamos sobre o assunto, fomos. Eu, Misato, Joelle e mais dois amigos da Misato nos arriscamos a ir mesmo sem saber onde era e pegamos um taxi às 2h da manhã. Chegando ao lugar notamos que não era tão fácil achar a trilha como imaginamos e mesmo encontrando dois havaianos que já tinham ido, continuou sendo difícil. Mas quando encontramos, achamos mais 30 pessoas naquela mesma aventura. E logo de inicio já começa as escadarias. Staiway to Heaven ou Haiku Stairs era utilizado antigamente para a comunicação com os navios e para isso era preciso de antenas bem no alto, e a 850 metros a instalaram. Quando essa comunicação foi desativada a escadaria foi proibida por ser um lugar perigoso, mas muita gente ignora esse fato e sobem os 3.922 degraus (assim como nós...) O começo dela é a pior parte, é muito alto e inclinado, se você não tiver força nos braços você pode cair e sabe Deus onde parar. No começo confesso que me deu medo, uma escada estreita (onde passa só uma pessoa), muito escuro (não conseguindo enxergar um palmo a sua frente) e alto (onde se olha para baixo e vê um abismo, que só sabe que esta alto porque vê os carros minúsculos). A lanterna foi na boca já que precisava usar as mãos e não dava para ficar sem luz (portanto se você tiver aquelas luzes de por na cabeça, melhor). E pelo fato de ter muita gente atrás de você, você não consegue parar, é preciso subir em um ritmo frenético e bem cansativo. Na primeira parte de parada (tem cinco dela, que é um lugar maior que da para descansar e apreciar a vista) chegamos a pensar em desistir, mas tomamos fôlego e fomos de novo, e assim foi durante 1h30. Quando chegamos lá em cima, além da dor de cabeça pela altura, o frio era demais e todo aquele calor da subida passou em um minuto. Lá em cima já tinha um monte de gente com rede, comida, rádio, dentro de um galpão abandonado pequeno para se esconder do frio, enquanto outros esperavam lá fora o nascer do sol. Ficamos lá dentro esperando o horário, mas quando ele chegou não conseguimos ver o nascer porque tinha muita nuvem. Mas é o que sempre digo, esses hike é mais pelo fato de ter conseguido do que ver realmente a bela vista. E depois de descansados e com o dia claro ‘bora‘ descer pelo mesmo lugar. E apesar de parecer loucura a descida foi mais tranquila, porém agora com as forças nas pernas. Mas lá de cima vi um carro similar com o da policia e disse a Misato: - Acho que é a polícia lá embaixo esperando todos nós. Ela – Eu não acho! Acho que é o taxi. - Taxi???? Aqui??? Ela – É, o Daniel é muito inteligente, ele já deve ter pensado em tudo e ligou para o taxi. - Misato acho que ele não é tãoooooo inteligente assim e acredito de verdade que não seja um taxi. E no fim, obvio que era a policia. Não tinha o que fazer depois que já tínhamos feito algo errado. Eu só tinha visto um carro e pensei “tranquilo, ele vai dar um esporro e acabou”, mas então vi mais dois carros e ai minha preocupação mudou. Um policial conversava com duas pessoas e o outro olhava para nós e balançava a cabeça negativamente e perguntei com quem eu tinha que falar ou fazer, e ele me apontou o outro policia (que aparentava bem mais sério) e eu perguntei o que ia acontecer com a gente, e ele disse que não sabia que apenas o outro saberia. Então fomos em direção ao outro e ele despejou um monte de coisa que não entendemos NADA, só ouvimos no final “vão embora” e a Joelle já estava correndo. Dizem que os policiais costumam brigas com os turistas e pegar os nativos, e dizem que a multa é de $ 600 dólares.
Comentarios