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Minha roommate é um problema

  • Foto do escritor: monicafrancesco
    monicafrancesco
  • 25 de jun. de 2014
  • 5 min de leitura

Sei que não apresentei todo mundo da casa e nesse meio tempo uma já foi embora (Laura colombiana) e já chegaram mais três. Mas com essa leva chegou minha nova roommate (companheira de quarto) e junto com ela muitos problemas. 18 anos, do Canadá, vai ficar 2 meses (estendeu para mais algumas semanas), mora em uma parte rural, chegou tendo um namoro de seis meses (mas só durou as duas primeiras semanas aqui), fala alto e com grande auto estima, essa é a Rose. Ela fala bem inglês (na verdade essa foi nossa primeira impressão quando ela chegou e o que ela nos passou, mas com o tempo vimos que não era bem por ai), mas devido a isso ela se sente muito ‘evoluída’ e prefere falar com as crianças do que com a gente. No começo ela só dormia e falava com o namorado (chegamos até pensar em depressão), hoje ela dormi e sai com outros caras. Mal a vimos em casa, e apesar de pedirmos sempre para ela nos avisar quando não for dormir, ela nunca nos avisa. Mas até ai não é meu problema, e meu problema é simplesmente os velhos hábitos e atitudes. Existem coisas básicas da vida e o bom senso é uma delas, mas como já aprendi “bom senso não é um senso comum”. 1. Quarto: meu maior problema com ela é dentro do espaço o qual dividimos. Ela não precisa limpar o quarto, como varrer, deixar as coisas dobradas, cama arruma, mas deixar todas as roupas dela dentro do espaço dela já seria um bom começo. Nosso quarto é pequeno, é daqueles que você entra e já viu tudo, sem cantinho para esconder alguma coisa que você adoraria esconder, é tudo a mostra. E se não bastasse isso ela faz questão de deixar TODAS as roupas dela de frente para a porta (quando digo TODAS as roupas inclui principalmente calcinha e sutiã) e não é aquela roupa do corpo que ela tirou e não esta a fim de guardar, são todas de verdade. Às vezes sei que é porque ela chega bêbada, mas das outras eu não sei quando e porque isso acontece. Eu nunca falei nada para ela sobre isso porque não quero ser a chata do tipo “parece minha mãe”, mas ainda espero que ela perceba que há crianças na casa e que entram no quarto para falar alguma coisa, ou até mesma a mãe ou o pai e dão de cara com a calcinha rosa pink de renda dela no chão de frente para a porta. 2. Porta do quarto: esse é um dos grandes problemas. Acho que já falei aqui que se deixamos a porta do quarto aberta os cachorros entram e dormem na cama. Isso foi muito bem explicado para ela e ela me respondeu “eu não ligo, amo animais” e então expliquei mais uma vez e enfatizei o fato de eu amar os animais, mas que fora do quarto. Um dia, logo quando ela chegou a peguei sentada na minha cama porque os dois cachorros estava na cama dela e ela tirando foto. Até ai tudo bem se os cachorros entendessem que é apenas na cama dela, mas não foi o que aconteceu nas quatro vezes seguintes que os peguei apenas na minha cama, e logo após lavar todas as roupas de cama. Os cachorros não são limpinhos, em especial a Sandy que tem um monte de bolotinha no corpo devido ao câncer e que sempre sangra. Fora os cachorros que seriam AINDA melhor, os gatos começaram a vir para o quarto. Antes eles nem passavam perto, mal víamos na sala, e se agora eles sabem o caminho do quarto é porque alguém os mostrou onde tem um lugar gostosinho para deitar. E descobri isso duas vezes, uma das vezes foram às 4h da manhã quando acordei com o gato passeando por cima de mim, e não é o gato gordo, nem o amarelo e nem dos olhos de cor diferente (os quais sempre vejo por aqui), eu nem sei que gato era esse e muito menos como ele entrou no meu quarto (que esse é outro ponto que já virou mistério na casa). Ou seja, se os cachorros não são limpinhos nem preciso dizer dos gatos da rua né?! E sobre esse ponto já foi conversado, brigado e que hoje tem um lembrete na porta, e ai que não adiantou muito e com isso perdi a paciência. 3. Ela fala e range os dentes a noite: sei que isso é algo que ela não pode arrumar, mas é para dar aquele toque ainda mais especial. Devido a esses barulhos dela (principalmente ranger os dentes) peguei o habito de dormir com o fone ouvindo música. Um dia ela gritou “QUE???????” e eu acordei apavorada, naquele susto, me dei conta que era a Rose e virei para vê-la e me surpreendo com ela dormindo pelada na parte debaixo, simplesmente ‘livre’, ok ela estava bêbada e consigo até entender o fogo na pi%$#@, mas chega a ser engraçado para não ser triste. Fora os pratos que ela deixa no quarto que fica uma semana (sem exagero), o fato dela só vir para casa e dormir mesmo sendo às 19h e eu simplesmente ‘perder a privacidade do meu quarto’, dela não ajudar em nada na cozinha e se ver a gente fazendo algo que não seja no jantar ela fala “você não precisa fazer isso”, de se achar a melhor e ter um ar de superioridade em tudo, de fazer cara de nojo e perguntar sobre cada comida que a mãe faz e fora o fato dela ter trazido um cara para dormir aqui na casa e no meu quarto quando fui para Big Island (fiquei muito P com ela e com a mãe que deixou), algo sem necessidade, um cara que fica com ela em uma casa de oito mulheres, no primeiro dia que conheceu e veio para cá?? Chamem-me de velha, caxias, mas para mim isso é realmente a mais. O irmão da cubana que era irmão e tava sempre aqui na casa junto com a gente, dormiu duas vezes e na sala, e ai vem um cara X e dormi aqui? Imagina se cada um puder trazer um? Enfim...fora tudo isso e todos os problemas que tenho com ela, eu sei que ela não é uma pessoa ruim e que não faz as coisas intencionalmente, a gente consegue ter boas conversas quando ela para em casa e não dorme, mas me chateia não ter isso por mais tempo. Sinto por não ter aquela companheira de quarto como vejo nos outros. E por outro lado sei que os meninos com quem ela esta andando não são as melhores companhias por N motivos e isso me chateia mais ainda, por estar nessa com essas pessoas, mudando completamente seus hábitos e até nem indo mais para a escola. Consigo entendê-la, mora em uma cidade pequena onde seu animal de estimação é um cavalo e chegou aqui no Hawaii e viu o tamanho que o mundo é, se você não teve alguma experiência no seu país desse tipo é claro que longe dos seus pais você vai fazer tudo e mais um pouco, e garanto que ela fez e isso chega a me chatear. Eu só queria ajuda-la, gostaria que ela fosse mais próxima e que ela entendesse que a maior experiência aqui é abrir a cabeça para o amadurecimento, mas se não dá nenhum dos três continuo a dizer que não ganhei uma roommate, mas sim um grande problema.

 
 
 

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