Koko Head Crater – Quase o impossível
- monicafrancesco
- 18 de mai. de 2014
- 3 min de leitura
1.048 degraus, 368m de altura e o sol do 12h foi a pior combinação que já fiz na vida. Koko Head é o local onde era um vulcão e no seu topo mais alto, ha 60 anos atrás, se instalavam militares e por isso há essa escada e um trilho (onde se levavam os mantimentos), mas hoje há apenas vestígios da historia e se tornou um dos pontos turísticos mais visitados. Se você não é nenhum atleta ou não pratica nenhum exercício físico não acreditem quando lhe disserem que você fará essa caminha em 20 minutos. Vocês nunca entenderão tamanha dificuldade dessa trilha, mas mesmo assim tentarei explicar. Ela é toda de terra, e os degraus são bem afastados e isso faz com que você tenha que ter muita força nas pernas para subir de um degrau ao outro. Ela começa até que razoavelmente inclinada, mas nos 20ᵒ degraus você já para pra descansar. Eu não sei quantas vezes paramos, mas foi inúmera. O sol estava muito forte e isso só dobrou o nosso cansaço. Cada vez que você vai atingindo ao topo ela vai ficando mais inclina e impossível. E se não bastasse toda a sua dificuldade, no meio dela tem uma ponte e os vãos entre os degraus são enormes de um para o outro, se você cair tchau (eu com esse tamanho todo principalmente). É preciso cuidado porque não há nada para te proteger. Eu e Natalia fomos avançamos. Vimos gente começar com a gente indo e voltando e outros desistirem. A possibilidade de desistir surgiu inúmeras vezes na nossa cabeça, mas tínhamos sofrido muito para desistir ali e sempre dizíamos “a gente pode parar quantas vezes quisermos, temos tempo”. Eu sempre esqueço minha garrafinha de água e só tínhamos a da Natalia, e o sol era tão forte que ao invés de beber minha cota pedia para jogar na minha cabeça e tentar de alguma forma refrescar. Chegamos a passar mal, tivemos tontura, dor no estomago, fraqueza, mas depois de 1h conseguimos chegar ao topo. A vista é realmente linda, mas confesso que o cansaço, o calor e as dores não me deixaram desfrutar tanto assim. Minhas pernas já não respondiam mais e não tinha mais forças e idem a Natalia e mais 10 pessoas. Uma senhora passou mal, chegou a desmaiar e teve que ir o helicóptero busca-la tamanha dificuldade para descer e subir. Você vai ver crianças, cachorros (o que tive muita dó), senhoras, mas não se iluda com nada disso ela é difícil para qualquer um (que não tiver preparo físico). Se você acha que aquela frase “na descida qualquer santo ajuda” se encaixa aqui esta enganado. Suas pernas já não são mais as mesmas, elas não tem mais forças e tremem a todo instante, e devido a isso aquela ponte, com grandes vãos, já esta totalmente imprópria para ir de pé e é preciso descer sentado. Eu repito para todo mundo “primeira e última vez” porque para mim é o suficiente e porque foi muito desgastante, mas acredito que o maior problema foi realmente o calor. E não confundam isso com uma trilha, eu amo fazer trilha e andaria durante 3h por uma mata, mas isso é uma subida completamente diferente. Então minha sugestão fica: você precisa conhecer porque faz parte da historia do Hawaii, mas vá com muita água, talvez uma fruta ou cereal. Um bom tênis. E vá no final da tarde ou no amanhecer do dia. Você pode ir à noite também e acredito que a vista seja belíssima, mas o cuidado é redobrado na hora da ponte. E sabe aquela dor chata que você tem depois do primeiro dia de academia?? É exatamente assim que estou hoje. Portanto outra dica, vá de sexta ou sábado, e não de domingo.
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