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Nem sempre é fácil

  • Foto do escritor: monicafrancesco
    monicafrancesco
  • 25 de abr. de 2014
  • 2 min de leitura

Muitos acham que estou em uma colônia de férias, e às vezes me vejo assim também, mas na maioria vejo tudo isso como um trabalho de paciência e conhecimento. De fato não é fácil lhe dar com as pessoas, e imagina de culturas completamente diferentes da sua?!! Acredito que por estar exausta, devido ao Fiel Day, muitas coisas começaram a me irritar, para ser mais especificar, as meninas. Muitos detalhes acontecem aqui que ganham proporções grandes, coisas que você engoli porque entende que isso é convivência e tem que saber lhe dar com elas, mas que de fato te sugam por justamente não poder dizer nada. Adoro as meninas da casa e sei que são diferentes do que estou acostumada, mas isso não é problema são pessoas bacanas e divertidas. Mas, com certeza, lhe dar com brasileiro é mais fácil, porque acredito de verdade que somos muito mais solidários e simples. Vou dar exemplos de coisas que já aconteceram: 1. Temos aqui na casa a regra de sempre que tomarmos banho limparmos o ralinho para tirar o cabelo e não acumular. E isso é muito bom, higiene e bom senso. No dia que fomos para o barzinho, todos tiveram que correr para se arrumar, e a chilena tomou banho correndo e foi se trocar. Uma das japonesas foi tomar banho em seguida, ao entrar ela chamou todas nós (as 4 meninas que usam aquele banheiro) para mostrar que tinha DOIS fios de cabelos no chão (não estou exagerando). A chilena obviamente se desculpou e os tirou. Eu jamais faria isso, ainda mais se tratando de uma única vez que isso aconteceu e do dia estarmos todas correndo. Faria isso se talvez na terceira ou até quinta vez eu visse um TUFO de cabelo. 2. Entre todas as coisas que arrumei para vir para cá eu me esqueci de comprar uma borracha. Ok é só uma borracha e não precisava me desesperar por isso e obviamente não me desesperei. Eu e a outra japonesa somos da mesma sala e sempre sentamos juntas por ser mais fácil de conversar. E sempre pedi a borracha a ela, pois como disse, eu não tenho. Isso aconteceu todos os dias, e cheguei a brincar com ela que eu iria comprar uma. E então ela começou me perguntar frequentemente se eu já havia comprado, e minha resposta sempre foi não, e depois de alguns dias ela não sentou mais comigo na sala. Até que a chilena viu o absurdo da situação e me deu uma borracha a mais que ela tinha. Você deve estar se perguntando “porque não comprar uma?” e eu te respondo “Vocês acham mesmo que com tanta coisa que fazemos eu lembro e sei onde comprar UMA borracha??” Enfim eu jamais acharia ruim com uma pessoa de emprestar qualquer coisa que fosse, principalmente um coisa dessa. Há obviamente outros detalhes que como esses a gente guarda. Nada grande, mas que você sempre pergunta “porque?” e vai acumulando. E sei também que preciso ter calma e relevar tudo isso, e acreditem eu faço isso diariamente. Mas definitivamente o lugar pode ser de colônia de férias, mas nossa cabeça não esta nem 50% relaxada.

 
 
 

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